terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sintonia

No início deste ano decidi me dedicar 100% aos estudos, depositei todo o meu foco em livros, apostilas e cadernos. Não posso negar que foi essencial à minha vida, meu rendimento aumentou totalmente e hoje eu posso dizer que não sou mais atrasada em relação a uma pessoa razoavelmente inteligente da minha idade. Meu desejo pela intelectualidade falava a cada dia mais alto, não me arrependo.
Quando cogitavam na hipótese de retornar à academia, o discurso era o de sempre: "Não tenho tempo pra essas coisas! Deixar de estudar por mais de 2 horas pra ficar malhando o corpo? Isso não vai me dar futuro, prefiro malhar a mente." Para muitos é fácil dizer que a sintonia entre corpo e mente é fácil, mas, eu, ainda não encontrei essa sintonia. Pois bem, nesses 10 meses apenas estudando, estudo e estudando(cerca de 10 horas por dia), me via nervosa, ansiosa e desequilibrada. Por isso, comprava enormes barras de chocolate, era frequentadora de carteirinha do Mc Donald's e afins... Crente que isso ajudaria o meu foco, apelidei esse ano de 2013 como o Ano do Lixo, nada de saudável entrava na minha casa além de excelentes revistas e livros. No começo do ano pesava 82 quilos, o que é demais para uma pessoa de 16 anos e 1.58 de altura, mas como sempre fui gorda, fui relevando... Nunca deixei de namorar ou de sair por me sentir gorda, por mais que minha auto-estima sempre se encontrasse no chão, não me importava com isto. 10 meses depois, me deparei com a balança. Absurdos 104kg marcavam nela me levando ao desespero, mas me consolei ao saber que na faculdade não terei tempo pra comer besteiras ou pensar em engordar, mas tudo isso pesou muito na minha vida, minha nota no vestibular foi a pior que pude imaginar(ainda pior) e tudo isso me levou a retornar à academia, tentando uma reconciliação com tal. Nunca tive grande foco para emagrecer, força de vontade nunca fez parte do meu vocabulário, mas realmente percebi que uma alimentação minimamente saudável é o mínimo que podemos fazer por nós mesmos. 

Enfim, voltei a malhar. Meu rendimento caiu uns 30% na escola e meus planos de estudos começaram a ficar desfalcados, mas consigo sentir que a vida precisa de um pouco de saúde fisiológica, além de mental. Sei que nunca deixarei de malhar meu cérebro, é isso me me mantém viva, mas aprendi a importância da saúde física e pretendo levar isso por longos anos da minha vida. 
Como disse, não consigo equilibrar meu foco em duas coisas ao mesmo tempo, portanto, não sou a aluna mais exemplar da academia, muito pelo contrário! Em 1 mês incompleto, não consigo obter resultados visíveis(estética), mas sinto que essa caminhada é longa e que, no meu ritmo, vou conseguir sintonizar corpo e mente, sendo uma aluna exemplar, passar para a Faculdade Federal que tanto almejo, tendo um corpo não bonito, mas saudável! Não quero ser magra, muito menos a gostosona da rua(como algumas vizinhas), mas quero ser feliz sem precisar dizer "Cadê a novidade" quando me lembram que sou gorda, balofa, obesa. Em 3 semanas e meia, eliminei cerca de 6 quilos da balança, não é nada para quem precisa perder, em média, 30. Não sei se vou chegar lá, mas sei que vou tentar até atingir o meu limite(sem ultrapassá-lo)
Viva a sintonia corpo e mente, viva a saúde plena!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Devo confessar que ele não é daqueles que aparentam ser de família, namorar por muito tempo a mesma pessoa ou que tenha como critério algo diferente de bundas e abdômens torneados. Longe disso! Ele deve ser como todo cara de sua idade, só pensa em sexo e rostinhos bonitos. Mas, em são e longínquo pensamento, devo discordar. Não, ele não é igual a todos os outros. Um dia vai perceber que realmente merece gente que acrescente nos dias nublados, nos dias de sol, nos dias de chuva e não só na cama; vai querer quem possa lhe ensinar coisas novas todos os dias. Não é possível que os homens queiram só sexo e nada mais, não é possível. Existem homens que têm, além dos exuberantes corpos, mentes também saradas. Creio que seja um desses.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ela é dramática. Ela é desastrada. Ela se apega fácil. Ela já teve seu coração partido. Ela já sofreu por um amor não correspondido. Ela é meiga. Ela é grossa. Ela é ciúmenta. Ela ama estar com seus amigos. Ela quer proteger as pessoas. Ela desconfia de tudo. Ela é fria. Ela quer carinho. Ela ama gestos simples. Ela se magoa por coisas bobas. Ela é complicada demais. Ela se isola quando está triste. Ela é boba. Ela é palhaça. Ela dá conselhos, mas não consegue segui-los. Ela quer atenção. Ela só quer ser amada. Ela sou eu!
“Eu queria te contar que agora não dói mais. Só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso. Queria que você soubesse que já vi nossos filmes milhares de vezes e nem chorei. Ok, chorei. Mas pelo filme, e não por você.Queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas, e que as ouço quase todos os dias. Porque elas me faziam mais falta do que você fez. Os nossos lugares não são mais nossos. Eu já voltei lá com outras pessoas, e escrevi lá outras histórias…Eu estou aprendendo a tocar violão. E a primeira música que toquei foi aquela música que era uma espécie de hino pra nós dois. Ela é tão linda…e sim, ela continua sendo muito nossa e lembrando demais você. Mas ainda sim, não dói.
Você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. Porque te conheço. E isso não mudou. Do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim. Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.”

terça-feira, 5 de novembro de 2013