segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

FY

Ser intenso no raso, isso cansa. Chorar sem ficar feio; semicerrar os olhos fingindo pensar seriamente em algo, sem ter ideia do que isso significa; Fingir que escuta o outro, ocupando-se em parecer natural nas reações faciais, sem querer entender qual é o assunto; passar horas se arrumando pra uma festa para dar medíocres beijos na boca. Ser intenso no raso, isso cansa.

Tudo passa

Eu achei que você nunca fosse passar. A gente sempre acha que vai demorar muito, ou que a atenção nunca mais vai desviar o foco de você, ou que a gente nunca vai conseguir mais engolir a saliva que fica presa na garganta em todas as vezes que você aparece com alguém, mas passa. Daí fica a saudade. Sabe aquela saudade gostosa que persiste, que a gente usa pra tentar sentir de novo enquanto faz todos aqueles testes de reação pra ver se você ainda incomoda? Saudade estranha essa. Nem é boa, nem é ruim. É persistente. Acho que é pra dar algum conforto nesse nó no peito que se desfez.
Não nasci pra ser impotente, muito menos prepotente. Nasci pra me fazer feliz e não pra viver uma vida inteira tentando manter o mundo sorrindo pra mim, com meu coração triste. O que eu preciso é do tempo perdido, juntar todos os meus pedaços que eu fui te dando pra você se apoiar e se sentir bem. Juntar a minha vida e ressurgir, sem você. Rejeitado. Descartado. Eu posso, eu vou. Eu vou...

sábado, 28 de dezembro de 2013

SOS



Coração pedindo socorro. Corre, corre, corre e não acha nada nem ninguém que o afague. Desesperado, resolve promover a calma, nada mais justo. A euforia que traz a paz. Mas continua aos pulos, não sabe como nem quando irá se curar de tanta agitação; eis que ouve uma voz se aproximando e começa a caminhar, andar, rastejar e para! Para de tentar achar(desesperadamente) a solução para o que não tem cura(é a cura!): o amor.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Pedro

Difícil falar de amor, ainda mais quando é o seu. Falar de companheirismo é muito mais fácil, prático!
Quando se trata unicamente de amor, de exatos 5 anos desde que vi pela primeira vez aqueles olhos castanhos sem muito brilho e aquele cabelo meio crespo jogado pro lado igual os garotinhos da moda, não meço palavras e sentimentos pra dizer quão feliz foi aquele 4 de dezembro. Conturbada, cheia de altos e baixos(muito mais baixos que altos) e muito mistério, e fé; Nossa relação pode ser assim denominada, nosso pacto era não haver ninguém entre nós, só o amor. Não mediríamos esforços para que fosse assim. Você quebrou. Eu permaneço fiel desde 4 de dezembro de 2008. Hoje, um pouco atrasada, escrevo mesmo que você não chegue a ler ou entender o que tento dizer, venho somente agradecer: Dias, Noites, Madrugadas ouvindo todo aquele papo que você acha um tédio, mas por ser importante pra mim, até hoje faz um esforço pra achar interessante. Agradecer por apoiar meu sonho desde 2008, por entender todos os meus anseios e medos. Agradeço por respeitar a minha escolha de manter o anonimato e a doçura do nosso relacionamento. Agradeço(muito) por respeitar minhas crenças, entender com o passar do tempo a importância de todos os meus "dogmas" como prefere chamar. Agradeço por passar noites em claro ouvindo tudo que eu acho que deveríamos mudar no nosso namoro(nunca mudou, mas você me ouviu), por guardar segredo de todas as nossas loucuras, por não perder a paciência todas as vezes que eu te colocava sentado numa cadeira pra discutir nossas atitudes. Agradeço imensamente por me aceitar como eu sou. Gorda, sem graça alguma, feia e estranha. Por me fazer acreditar que dentro de mim existem muitas coisas bonitas(até por fora, tem alguma coisa). Por me ensinar que nós não devemos nada, absolutamente nada a ninguém. Tenho milhões de coisas pra agradecer a você, mas hoje, depois de cinco anos amando você, tendo você como a única certeza da minha vida, agradeço por ser o homem da minha vida, o cara mais bem humorado de todos os mundos e galáxias, por me dar enredo pra escrever um livro, me dar histórias pra preencher 254 páginas. Agradeço por me fazer mulher. Espero ansiosamente pelos 10 anos, espero todas as brigas, mancadas e problemas. Espero você do meu lado.

 Com amor
Sua Alice

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sintonia

No início deste ano decidi me dedicar 100% aos estudos, depositei todo o meu foco em livros, apostilas e cadernos. Não posso negar que foi essencial à minha vida, meu rendimento aumentou totalmente e hoje eu posso dizer que não sou mais atrasada em relação a uma pessoa razoavelmente inteligente da minha idade. Meu desejo pela intelectualidade falava a cada dia mais alto, não me arrependo.
Quando cogitavam na hipótese de retornar à academia, o discurso era o de sempre: "Não tenho tempo pra essas coisas! Deixar de estudar por mais de 2 horas pra ficar malhando o corpo? Isso não vai me dar futuro, prefiro malhar a mente." Para muitos é fácil dizer que a sintonia entre corpo e mente é fácil, mas, eu, ainda não encontrei essa sintonia. Pois bem, nesses 10 meses apenas estudando, estudo e estudando(cerca de 10 horas por dia), me via nervosa, ansiosa e desequilibrada. Por isso, comprava enormes barras de chocolate, era frequentadora de carteirinha do Mc Donald's e afins... Crente que isso ajudaria o meu foco, apelidei esse ano de 2013 como o Ano do Lixo, nada de saudável entrava na minha casa além de excelentes revistas e livros. No começo do ano pesava 82 quilos, o que é demais para uma pessoa de 16 anos e 1.58 de altura, mas como sempre fui gorda, fui relevando... Nunca deixei de namorar ou de sair por me sentir gorda, por mais que minha auto-estima sempre se encontrasse no chão, não me importava com isto. 10 meses depois, me deparei com a balança. Absurdos 104kg marcavam nela me levando ao desespero, mas me consolei ao saber que na faculdade não terei tempo pra comer besteiras ou pensar em engordar, mas tudo isso pesou muito na minha vida, minha nota no vestibular foi a pior que pude imaginar(ainda pior) e tudo isso me levou a retornar à academia, tentando uma reconciliação com tal. Nunca tive grande foco para emagrecer, força de vontade nunca fez parte do meu vocabulário, mas realmente percebi que uma alimentação minimamente saudável é o mínimo que podemos fazer por nós mesmos. 

Enfim, voltei a malhar. Meu rendimento caiu uns 30% na escola e meus planos de estudos começaram a ficar desfalcados, mas consigo sentir que a vida precisa de um pouco de saúde fisiológica, além de mental. Sei que nunca deixarei de malhar meu cérebro, é isso me me mantém viva, mas aprendi a importância da saúde física e pretendo levar isso por longos anos da minha vida. 
Como disse, não consigo equilibrar meu foco em duas coisas ao mesmo tempo, portanto, não sou a aluna mais exemplar da academia, muito pelo contrário! Em 1 mês incompleto, não consigo obter resultados visíveis(estética), mas sinto que essa caminhada é longa e que, no meu ritmo, vou conseguir sintonizar corpo e mente, sendo uma aluna exemplar, passar para a Faculdade Federal que tanto almejo, tendo um corpo não bonito, mas saudável! Não quero ser magra, muito menos a gostosona da rua(como algumas vizinhas), mas quero ser feliz sem precisar dizer "Cadê a novidade" quando me lembram que sou gorda, balofa, obesa. Em 3 semanas e meia, eliminei cerca de 6 quilos da balança, não é nada para quem precisa perder, em média, 30. Não sei se vou chegar lá, mas sei que vou tentar até atingir o meu limite(sem ultrapassá-lo)
Viva a sintonia corpo e mente, viva a saúde plena!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Devo confessar que ele não é daqueles que aparentam ser de família, namorar por muito tempo a mesma pessoa ou que tenha como critério algo diferente de bundas e abdômens torneados. Longe disso! Ele deve ser como todo cara de sua idade, só pensa em sexo e rostinhos bonitos. Mas, em são e longínquo pensamento, devo discordar. Não, ele não é igual a todos os outros. Um dia vai perceber que realmente merece gente que acrescente nos dias nublados, nos dias de sol, nos dias de chuva e não só na cama; vai querer quem possa lhe ensinar coisas novas todos os dias. Não é possível que os homens queiram só sexo e nada mais, não é possível. Existem homens que têm, além dos exuberantes corpos, mentes também saradas. Creio que seja um desses.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ela é dramática. Ela é desastrada. Ela se apega fácil. Ela já teve seu coração partido. Ela já sofreu por um amor não correspondido. Ela é meiga. Ela é grossa. Ela é ciúmenta. Ela ama estar com seus amigos. Ela quer proteger as pessoas. Ela desconfia de tudo. Ela é fria. Ela quer carinho. Ela ama gestos simples. Ela se magoa por coisas bobas. Ela é complicada demais. Ela se isola quando está triste. Ela é boba. Ela é palhaça. Ela dá conselhos, mas não consegue segui-los. Ela quer atenção. Ela só quer ser amada. Ela sou eu!
“Eu queria te contar que agora não dói mais. Só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso. Queria que você soubesse que já vi nossos filmes milhares de vezes e nem chorei. Ok, chorei. Mas pelo filme, e não por você.Queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas, e que as ouço quase todos os dias. Porque elas me faziam mais falta do que você fez. Os nossos lugares não são mais nossos. Eu já voltei lá com outras pessoas, e escrevi lá outras histórias…Eu estou aprendendo a tocar violão. E a primeira música que toquei foi aquela música que era uma espécie de hino pra nós dois. Ela é tão linda…e sim, ela continua sendo muito nossa e lembrando demais você. Mas ainda sim, não dói.
Você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. Porque te conheço. E isso não mudou. Do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim. Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.”

terça-feira, 5 de novembro de 2013

sexta-feira, 18 de outubro de 2013



Eu juro que não há (absolutamente) nenhum problema em querer estar bonita – chega de hipocrisia, todas nós queremos. Não há nada de errado em ir à academia ou em estar insatisfeita com o que quer que seja no seu corpo. Mas há algo de muito errado em condicionar a isso a sua felicidade. Em guardar a vida para “quando você for magra”. Você tem que ser feliz agora - sorrindo abertamente enquanto resolve os seus problemas com a aparência, se é que eles existem

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Maktub

Particípio passado do verbo kitab. É a expressão característica do fatalismo muçulmano. Maktub significa "estava escrito" ou melhor, "tinha que acontecer". Essa expressiva palavra dita nos momentos de dor ou angústia não é um brado de revolta contra o destina, mas sim a reafirmação do espírito plenamente designado diante dos desígnios da vida.

sábado, 12 de outubro de 2013

Perda

"Só dá valor quando perde", citação que é quase um dito popular e nada mais que a pura verdade. Pude tirar a prova deste dias atrás quando perdi um ente muito próximo e querido. Ao ver a família, os amigos e até pessoas que nunca havia visto na vida lamentando a morte de meu avô, comecei a pensar em diversas coisas que poderia ter feito para ter mais lembranças boas dele e mais histórias pra contar de meu falecido e querido avô. Não me recordo de muitos episódios como a minha prima que morava com ele certamente se recorde, talvez por isso minha lágrimas tenham corrido com menos frequência que as dela. Não posso negar que a dor da perda é gigantesca, mal cabe dentro do coração! Não posso negar que ver uma mulher forte e proprietária de maior parte da minha admiração aos prantos cortava meu coração a cada segundo, a cada lágrima que pude captar dela. Sempre que visitava meu avô no hospital e via seu semblante pálido, seu corpo frágil e muita dificuldade para se comunicar me entristecia profundamente e levava sempre uma lição de vida para casa. Levava comigo o valor da vida, o valor da saúde. Reclamamos muitas vezes por nada. O que é um probleminha familiar, social ou escolar frente à uma doença crônica como a que tomou o fígado do meu avô? Nada, absolutamente nada. Só podemos notar o tamanho do nosso problema quando nos deparamos com um de verdade. Outro episódio que chamou muito a minha atenção foi no enterro, onde perto do túmulo havia um saco preto, meio velho e semi-aberto, quando perguntei o que era ao coveiro ele disse que eram ossos, e reparando bem, até havia um ossinho pequeno do lado de fora e aquilo me deixou estarrecedoramente espantada! Como damos a nossa vida a diversas coisas, arriscamos perder nossa alma e nossa salvação, achamos que somos donos do mundo, mas em questão de anos viraremos pó novamente. Nos achamos prepotentes, capazes de mudar tudo e todos, mas não levaremos nada disso desse mundo, viraremos um montão de ossos dentro de um saco grande, preto e velho. Portanto, valorize a beleza de sua alma e não a beleza de sua casa, cara ou de seu carro. Embeleze sua alma, para que ela possa ter uma nova vida tão bela quanto a cultivada nesta terra, em um outro plano. Valorize quem te cerca, pois estas não são pra sempre, valorize a sua vida, pois ela não é pra sempre. Não espere que uma perda faça você valorizar o que foi perdido. 

domingo, 22 de setembro de 2013

Para o meu pedaço

"Você ainda não nasceu, mas já sorri como se conhecesse o mundo de cor, e já enxerga como se tivesse visto todas as cores do mundo, e até se comporta como se tivesse superado todas as dores do mundo. E ainda assim, sem ter começado a viver e ao mesmo tempo tendo vivido tão intensamente, ainda tem toda uma vida pela frente. Mas não se assuste, meu amor. Pode se amedrontar sem medo: viver é justamente matar o que nos assusta, e estamos aqui para te acompanhar. Por enquanto, você faz parte dos meus sonhos confusos e sua voz já ecoa pela minha realidade, pelos meus tímpanos, como se fosse me chamar a qualquer instante e, pode ter certeza, que a qualquer instante estarei lá, lá onde você estiver. Por enquanto, você é fruto da imaginação fértil da sua mãe e sua mão, pequena, já procura a grandeza dos seus dedos para segurar com toda a força que você ainda não tem e se sentir protegida naquele pedaço de pele tão desconhecido, mas que você sabe que será seu daqui pra sempre. E, assim, na ânsia de existir, de ser, sua boca já procura o seio menos distante para se alimentar de vida.

Você ainda não nasceu, mas já herdou o sorriso da sua mãe, que até então eu achava que não poderia pertencer a mais ninguém, mas agora vejo que também é todo seu. E isso me faz sorrir, feito criança. Você também herdou seus olhos grandes: duas sementes negras que precisam da água e do sal das suas futuras lágrimas para brotar e fazer florescer todo o seu brilho, um brilho que eu só encontro quando você esboça uma careta qualquer, procurando as palavras exatas que você não ainda conhece para dizer que me ama. Seus lábios são claros e são finos porque precisam dizer delicadamente o quanto você também a ama, e precisam pedir com ternura e simplicidade sempre que você precisar de um colo ou de uma palavra doce que conforte e acalme a sua alma. De mim, você herdou o fascínio pela sua mãe. E a minha timidez e os meus silêncios que, um dia, serão tão necessários. Principalmente quando você se apaixonar pela primeira vez. E, mais uma vez, meu amor não se assuste. Você, tão logo, vai se decepcionar. As paixões não têm o mesmo sabor. São breves, são loucas, são tantas e, entretanto, não chegam aos pés de um grande amor. Esse sim, eterno. Esse sim, dócil. Esse sim, fértil.


Você ainda não nasceu e já treme, não de frio, mas de saudade do agasalho bordado pelas mãos de sua avó, que você ainda não conheceu, mas que te espera com as mesmas rugas e os mesmos brinquedos. E já teme não ser filha única, soberana. E sente ciúmes do seu irmão mais novo dividindo os meus abraços, os beijos da sua mãe, o carinho dos dois. E quando você chorar, de frio ou de ciúmes, talvez meus ombros não estejam mais aqui porque um dia eu também preciso partir.


Você ainda não nasceu, mas já invade nosso mundo como se estivesse aqui há séculos e olha pra sua mãe como se já tivesse olhado tantas outras vezes para ela e pede para ser ninada como se nunca tivesse sido abraçada. Olho para vocês: ela, nos seus braços que agora são seu berço. Você, iluminada, como se guardasse deus no colo, com a delicadeza maternal de quem esperou nove meses, e esperaria até uma vida, só para vê-la sorrir, só para vê-la enxergar, só para vê-la se comportar como se já conhecesse as dores e as cores do mundo de cor, antes de nascer."

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Memórias de um fim de semana

Um final de semana: Ele, ela e sua melhor amiga. Pela primeira vez os três resolvem viajar juntos. No carro rola todo o tipo de música e os dois do banco da frente não param de cantar e rir de suas performances, enquanto a amiga achava tudo aquilo coisa de maluco. Resolveram parar no meio do caminho, na estrada, só pra ver o sol se pondo, ver as cores do dia se esvaindo e brindando com um beijo. Ao chegar no lugar desejado, em vez de descansarem para o dia seguinte, resolveram explorar o lugar, se curtir ao máximo, não era todo dia que eles podiam passar o fim de semana inteiro juntos. A amiga resolveu ficar em casa e eles resolveram ir à beira-mar ouvir as ondas quebrando violentamente, trazendo uma brisa fria que só os envolvia mais no calor que os dois produziam. Preocupados com a jovem, resolvem voltar. Lembrando que o irmão dele chegaria no dia seguinte e poderia acompanhar a moça número ímpar, se despreocuparam, prepararam a cama dela e foram dormir no chão da varanda, que era muito mais a cara deles do que o sofá de uma sala. Passaram a noite em claro colocando o papo em dia, coisa que os 216km não deixava que ocorresse com certa assiduidade. Ao terminar de colocar o papo em dia, como a professora chata do colegial da menina ou o cara chato da galera do surfe do rapaz, às 5 da manhã resolvem dormir, mas o sol os acorda. Sem se importar com o cansaço que talvez os consumisse em breve, resolvem buscar o irmão dele na rodoviária, o menino era até muito bonito, que se interessou de cara pela amiga dela. Pronto, problema resolvido! Decidem, então, passar o dia fora, sabe-se lá aonde iriam. Seguem estrada, com um revezamento entre Bossa Nova e Pop-Rock, a viagem seguia e passaram uma tarde agradabilíssima juntos. A cada ato, cada gesto de amor, eles tinham a plena certeza de que, por mais que tentassem desfazer os laços, nunca iriam conseguir. Mas sobre esses laços, deixariam para resolver numa outra hora.
Ao voltarem para casa, vivem uma noite de amor inacabável, coisa que, por não ser frequente, era cada vez melhor. Firmava a certeza do amor que um tinha pelo outro, a certeza que a pele que ele tocava era a da mulher da vida dele e a certeza que o calor que ela sentia era o calor que a aqueceria durante o resto de seus dias. Esse episódio se repetiu. O amor se renovou. Eles sempre esperam que esse tipo de memória vire uma espécie de dejavú a cada fim de semana. 

O valor da memória

Dias atrás, encontrei duas amigas de infância no dia do aniversário de uma delas. Amigas que cresceram comigo desde bem pequenas e sempre traçamos nossos futuros juntas. Ao nos encontrarmos, nossos objetivos se encontram, para o meu alívio. A escolha pela faculdade, o peguete ano mais velho ou o destino daquele amigo de classe semi fracassado que não dava pra nada e virou o rei das meninas. Todas as memórias que nos vinham à mente trazia um sorriso, uma gargalhada e uma vontade de ficar ali pra sempre. Ao chegar em casa, fui rever nossas fotos e mais sorrisos e sentimentos bons vieram à tona. De pensar que estamos alguns anos afastadas, em escolas e rumos diferentes, mas que ao nos encontrarmos, a vida volta a ser do jeito que era aos 8 anos de idade, da mesma forma que nos nossos 11 anos, a verdade prevalece e os momentos bons também, em memória. Sei que daqui há 5 anos no máximo, todas estarão em alguma universidade, talvez em cidades diferentes e, a cada dia que passa, trazendo novas e boas memórias, que nunca se desfalecerão, sempre estarão conosco. 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Certas Coisas

Não existiria som se não houvesse o silêncio, não haveria luz se não fosse a escuridão. A vida é mesmo assim, dia e noite, não e sim. Cada voz que canta o amor, não diz tudo que quer dizer. Tudo que cala, fala mais alto ao coração. Silenciosamente, eu te falo com paixão. Eu te amo calado, como quem ouve uma sinfonia, de silêncios e de luz. Nós somos medo e desejo, somos feitos de silêncio e som. Tem certas coisas que eu não sei dizer.

Rejeição

Palavra que dá medo. Ser rejeitado é tétrico, ninguém gosta! Após a rejeição de um homem, seu reflexo no espelho é o mais sujo, mais embaçado e tudo o que você consegue pensar é que nunca vai ser tão boa quanto a mulher por quem foi trocada -se é que tem outra mulher na jogada- e não quer sair de casa, quer ficar em casa permitindo que todos os seus conflitos pessoais venham à tona, e o homem que te rejeitou nem é mais o foco. Sua vida vira o foco, na sede de se reinventar. Vai ao salão, volta pra academia, gasta a mesada no shopping e vai pra balada. Mas cadê a reinvenção até agora? Na verdade é a ilusória ideia de que um homem que te olhar na rua, trocar palavras e te chamar de linda vai te aceitar e te amar, como aquele homem não o fez. Não, está tudo errado, não é assim! Volta pro quarto, volta... Vamos pensar....
Naquela noite, você ficou com aquele cara, por questão de autoconfiança, saber que ainda é linda e que alguém ainda te deseja parece que deu uma revigorada imensa em sua vida. Mas lembra do homem que te amou e, em um certo dia, te rejeitou. Disse que você não é a mulher pra ele. Agora você sabe que o problema não  era o seu cabelo, seu corpo fora do padrão ou suas roupas fora de moda, talvez ele amasse aquelas roupas e você jogou todas fora! Já parou pra pensar que o que precisa mudar é o que tem por dentro? A mulher engraçada que você era quando se conheceram não existe mais, a mulher incrível que ele amava passar o tempo junto se perdeu no medo de ser rejeitada. E foi! Voltou a se reinventar: Passou a rir mais da vida, comprou roupas que gostava sem se importar se valorizava ou não sua cintura, voltou a ler e jogar fora toda a futilidade que entrou em sua vida e fez com que fosse rejeitada. A mulher de antes voltou, e agora você se basta, você se aceita. Nunca deixe de se orgulhar de você, a auto-rejeição é a pior que existe.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Lugar especial

Já vesti a roupa colorida, vesti meu novo universo. Nos ouvidos entram a música preferida, meus olhos fixados naquela vista que me arrebata. Um montão de flores cabem dentro dos meus olhos, um lugar especial. Avisto você, meu coração salta ao peito. Lavo a alma. Dentro de mim chove, chove e leva tudo que não me remeta a você. Estou pronta. Eu vou... To indo... Me espera, meu amor...

Cegueira

Um homem cego na rua tenta atravessar e tem medo. Medo de um carro passar, medo de tropeçar. Esse homem nunca viu o mundo, sabe que está atravessando uma rua, mas nunca a viu. Eis que ao colocar os pés no meio-fio, uma mulher muito cheirosa e alta se aproxima deste cego e começa a descrever tudo que está a sua frente, dá todas as coordenadas para que o cego possa, então, atravessar a rua. Comparo essa história do tipo mensagem motivacional com a minha vida. A cegueira tomou conta do meu ser, não me fez enxergar o quanto a vida é maravilhosa e quantos privilégios eu tenho. A cegueira me trouxe medos inexistentes, me trouxe expectativas desnecessárias. Eis que um dia, a vida lhe vem por palavras de outra boca. A vida de verdade, a que é cheia de pedras e muros, mas a vida que segue, que me leva para o caminho que eu quero. Se eu não pudesse enxergar, ficaria para sempre do outro lado da calçada, com medo, sem saber o que fazer. Eis que uma hora todos os rancores saem, todo o peso diário, como se tirassem uma venda de meus olhos, e eu pudesse ver, enfim, o outro lado da rua. 

Quando não cabe no corpo

Todas as palavras, todas a músicas, todo o conhecimento. Todos os beijos, todos os abraços, toda a bondade. Os sorrisos, as tardes, as noites, as madrugadas. Todos os sentidos e sensações. Quando não cabe no corpo, a alma transborda e transmite a verdade dos atos.

Opostos

A gente vive de opostos. Não reclamo disso, amo os nossos opostos. Você gosta de azul e eu de verde, você gosta da noite e eu do dia, você de cabelo preto e eu amo ruivo! Você gosta de Pink Floyd, eu de Chico Buarque. Você gosta de filme de ação, de movimento, eu prefiro um bom documentário brasileiro. Você gosta de balada, eu de ficar em casa. Você gosta de mulher de salto, eu prefiro o chinelo. Você gosta do Japão, eu da Polônia. Mas independentemente desses opostos que nos tornam incansavelmente interessantes, eu juro que adoraria viajar com você para o Japão, passar a noite em claro ouvindo Pink Floyd usando uma roupa azul, assistindo Duro de Matar. Juro que não me importo de ter o cabelo preto e ir pra uma balada qualquer de salto alto. Nossos opostos se encontram, nos tornam pessoas palpáveis e novas. Tenho certeza que você não negaria passar um dia inteiro na praia, ouvindo Chico Buarque ou assistindo(pela centésima vez) Uma Noite em 67. A gente vive disso.

6 da manhã

6 da manhã. Nem mais nem menos. Levanta cedo não por vaidade ou atraso, mas por um simples ritual que gosta de repetir todos os dias. Requenta o café, coloca um bossa nova pra tocar no rádio, toma um banho e bota os óculos. Para ela, é a melhor hora do dia! É a hora que ela pode respirar o ar da alvorada se revigorando na mesma. Procura um livro só pra folhear até dar a hora de sair. Deve ser tão importante pra ela por estar isenta do contato humano, das sujeiras e defeitos da vida. O ar da manhã que é embalado pela bossa que toca no rádio é como se fosse o primeiro choro de uma criança, como se aquilo fosse assim para sempre, sem nada que destrua, estrague, desiluda. Mas antes que ela possa pensar como seriam suas 24 horas de dia, como pode ser autodestrutiva, ela levanta, pega a bolsa e sai.

domingo, 15 de setembro de 2013

Não pensem!

Pensar demais nunca foi o forte daquele casal. Ela sempre pensava em algo negativo, que ele largaria ela, por exemplo. Ele já pensava no casamento, nas flores e nos cachorros que teriam. Seus pensamentos formavam um contraste quase completamente controverso, mas se parassem para pensar de fato, o que os dois queriam era aproveitar o momento, aproveitar aquelas tardes de verão num lugar tão lindo que encontraram num cidadezinha pequena sem pensar no que o futuro os reservava. Era só isso, e para isso não precisavam pensar.

Encomenda

Parecia um romance por encomenda. As músicas que ele tocava na sua viola velha pareciam escolhidas a dedo para embalar aquele romance que parecia do Fernando Pessoa. Não era tão brega quanto o próprio costumava definir, mas parecia perfeito. Ela não era perfeita aparentemente, mas ele costumava dizer todos os dias antes de dormir que ela era a mulher mais linda do mundo. Seus corações pareciam que um dia sairiam de seus corpos e formariam um(e falo sério!). Quando ele cantava que Você é a união perfeita/Entre o que eu quero/E o que eu preciso ela se sentia a pessoa mais importante do mundo. Todos diziam que ele tinha cara de frouxo mas ela poderia afirmar que ele era bom de cama, mesmo que suas amigas não acreditassem porque ele foi o único homem da vida dela. Todos também sabem que essa história não acaba aqui, mas os acordes que saem daquela viola velha dele receberam uma encomenda para terminar de embalar essa história.

Nós

Já experimentamos o melhor da vida, o pior da vida também veio nos visitar. Juntamos todas as experiências e tivemos a certeza que nosso amor era inabalável, mas acabou. Quem sabe nossa história dê um livro romântico ou um filme renomado, mas, presentemente, não existe mais nós. Sobraram as músicas, as fotos(bem guardadas) e o segredo do nosso sorriso. Posso até me atrever em dizer: uma aliança no seu dedo, uma vida atordoada e de adulto não levou de mim o seu sorriso.

Bom Dia

A cama era pequena se comparada ao amor que existia ali. Ela sempre acordava mais cedo que ele mas esperava que ele abrisse os olhos e desejasse bom dia para ela: Bom Dia, princesa. Assim o dia começava mais bonito, esse bom dia era o que a deixava segura. Na verdade, ele a deixava segura, na medida em que respirava.

Onde está a felicidade

Ele poderia afirmar que era o homem mais feliz do mundo: Tinha uma mulher que o satisfazia e outra que o amava, tinha dois filhos lindos, um apartamento em plena Zona Sul do Rio de Janeiro e um bom emprego graças ao seu bondoso pai. O que mais um cara desse iria querer? Era bonito, boa pinta e se quisesse poderia conseguir tudo o que quisesse se estalasse os dedos. Mas segundo ele, não era bem assim, segundo ele a felicidade dele não existia, porque aquela mulher que o amava, vivia numa vida remota e jamais seria dele. E todos os dias ele dizia a ela: Minha felicidade agora seria só um abraço teu.
No fim das contas, o que ele queria mostrar era que a vida não funciona mediante a grandes coisas, as vezes a felicidade está num abraço.

Detalhe



Ela vive reclamando dos quilos a mais na balança, do cabelo sem muito brilho e das pernas juntas demais. Vive dizendo que quando emagrecer vai ser gostosa, razoavelmente bonita e mais confiante. Posso falar a verdade? Amo todos os quilos a mais, tudo fora do lugar, até a mente desorganizada. Amo o desespero que ela inventa para ler 20 livros ao mesmo tempo ou pra dar conta da matéria do vestibular, amo quando alguém pede pra ela falar baixo e ela responde com uma voz meio tristonha: "desculpa, mas é o meu jeito" -e essa frase se repetira por inúmeras vezes-. Amo o jeito em que ela não hesita em deixar de fazer algo que não a agrade, e quer saber? Acho que já estive ao lado de mulheres com um cabelo mais bonito, um corpo mais interessante e uma voz mais mansa, mas nenhuma foi como ela é. Eu amo cada peculiaridade dela, cada defeito, que, para mim, são qualidades. Ela não precisa ser a mais bonita, só precisa saber que é amada. E como é.

Autor Desconhecido

Busca

A sociedade exige muito. Ela pede que você seja bonito, inteligente e tudo mais. Mas o que o homem pede pra sociedade é tão pouco: um sorriso, talvez. No máximo uma casa pra morar, um bom emprego e uma família digna. Só isso. O homem não é exigente, a sociedade que rouba a sensatez do homem. Faz com que ele pense que precisa de mais que isso, diz pra ele que ele precisa ser melhor que todo mundo, ter mais que todo mundo e ele acredita, não só acredita como estraga toda uma dignidade e integridade por causa das famosas ciladas da vida. Ela diz pra você que você tem que ser o mais bonito de todos, estar sempre na moda, ter roupas novas e ir aos lugares mais legais. E essa tentativa interminável de atender as exigências da sociedade te tira a sua maior meta: ser feliz. Não se importe com tudo que essa tal de sociedade manda você fazer pra ser feliz, quem define a sua felicidade é você, quem define a sua vida é você. Não se iluda achando que essa busca interminável para agradar as pessoas vai te levar até a felicidade, que não vai, sinto lhe informar. Ame-se mais, como se só existisse você no mundo. 

Vida de nômade

Por muitos anos levei uma vida de nômade. Ainda levo. De um lado para outro, de uma casa para outra como um pêndulo. Por tempos sonhei em ter um lugar que eu possa chamar de meu, sem possessividade, só por questão de paz. Ainda não tenho esse tão sonhado lugar que eu possa chamar de meu, mas aprendi desde cedo a me sentir em casa em qualquer lugar, mesmo não sendo de fato. Hoje, habito um lugar que não é meu, mas que tem um jeito todo meu. Afinal, o mundo não é nosso, mas é a nossa cara! Por que não fazer o mesmo com um espaço de poucos metros onde passo maior parte da minha vida, pensando, planejando a vida, cumprindo maior parte das minhas metas, pecando ou pacificando a alma. Foi isso que fiz e resolvi fotografar esse espaço, que visto sem muitas palavras, diz-se que é meu sem hesitar. A bagunça é praxe. Minha vida nunca foi organizada, por que meu espaço seria? Mas explode a cultura que teima em ecoar por todas as paredes e portas e janelas. 
Dou graças aos céus por levar essa minha vida de nômade, por carregar comigo essa minha luta incansável por um lugar meu. Sei que dessa incessante busca sairá um bom lugar, um bom futuro, uma vida pra chamar de minha. 
Reflexo de minha alma, em poucos metros.

O que realmente importa

O jeito que você usa o seu cabelo, a roupa que você usa para sair, a ausência de maquiagem. Nada disso importa. Os valores estão invertidos, a padronização da personalidade se tornou algo estarrecedor! Você pode estar pensando que isso são palavras de auto-defesa, mas não são. As vitrines das lojas estão andando pelas ruas, as palavras da televisão sendo reproduzidas a todo momento em tons diferentes, e disso ninguém se dá conta. É claro que existe alguém que leve vantagem sobre isso, não há dúvida. Existem impiedosos marketeiros e publicitários adorando a falta de autonomia da sociedade(ou a perda dela). Existem outros da mesma espécie lamentando toda essa falta de humanização, e lutam para tornar a vida um pouco mais diversificada. Mas isso precisa partir de nós. 
Todos os dias, tente dar voz a você mesmo, tente fazer algo que você tenha vontade e só, não o que todos estão fazendo. Seja único, seja autêntico. Até porque o mundo tenta padronizar o ser humano, mas dizer não a isso tudo é bonito, ter o celular do ano mas usar o cabelo mais retrô e obsoleto é a beleza da contradição. Monte a sua vida da forma que quiser, use da famosa antropofagia que os modernistas usavam nos anos 20(é um exemplo tosco, mas é por aí mesmo), crie algo novo todos os dias e se torne mais vivo. Afinal, o que realmente importa não é o que todo mundo faz de igual, mas o que você faz de diferente. 

Um Dia

E então um dia você acorda e repentinamente vê que a imagem que seu corpo projeta no espelho te agrada. Solta um sorriso largo, meigo e encantador que faz qualquer problema parecer pequeno. Toma gosto pela sensação e repete o feito no dia seguinte, e no seguinte, e no seguinte do seguinte, e vai além. Quer mais de si. Procura com calma e encontra dentro de você tudo aquilo que precisa pra viver. Tudo aquilo que espantosamente imaginava estar em outra pessoa. E descobre que sua auto-estima te vale, te basta, e te conduz aonde quer que queira ir. Olhe-se no espelho amanhã de manhã. E se ame por toda a vida. 

Expectativa

Espero que um dia nossas vidas se encontrem, ou se esbarrem, tanto faz. Numa esquina, num bar ou em outro país, não me importo. Espero que no dia que nossas vidas se encontrarem novamente, possamos nos revigorar em nós mesmo, e, quem sabe, sermos um. Espero que os ventos da vida soprem em nossa direção e nos leve como dois pedações de papel quaisquer, mas que nos leve na mesma direção, sem desvios. Que um possa se encontrar no outro, e o outro, em um. Que possamos ser um. Espero.

Sorrisos

"O sorriso é o espelho da alma", já dizia algum poeta. Ele mostra a intimidade que você tem consigo mesmo, a ponto de permitir que um sorriso espontâneo saia sem que passe pelo seu entendimento: "Do quê que eu tô rindo mesmo?" É a pergunta que sai dos seus lábios aos se encontrar com um sorriso, mas ele não conta, guarda como um segredo o motivo dele ter aparecido, assim ele fica mais bonito. E quando ele contagia? O próximo começa a sorrir com você, sem que o tal do motivo seja revelado. E o mundo à sua volta entra em eterna contradição. Sorrisos não dizem por que vem, nem para que vem. Ele somente se permite, acontece mesmo que a tal felicidade não esteja dentro de quem sorri. Ultrapassa todos os obstáculos e aparece, amarelo, com som, curto ou demorado. Ele se permite por ser unânime, democrático. O espelho da alma ou a esperança da alma, serve para tal. Que o seu sorriso venha sempre nos momentos que você menos espera, que venha para curar a vida, para dar cor. 

Enfim, sós.

Eu, Alice, finalmente tomei coragem para criar uma página de pensamentos. Quando se dá conta que sua alma está muito desarrumada, sabe-se que é hora de arrumá-la em algum lugar. Sei que o lugar de arrumação de minha alma é nas palavras. Foi muito difícil para mim decidir criar uma página que exponha tudo o que eu sinto, tudo o que meu pensamento confunde, tudo o que minha alma pede. 
Que os caminhos de compreensão da vida, a partir de agora, sejam mais abertos e amplos. Que todas as minhas palavras encontrem em si um equilíbrio e voltem para mim como uma espécie de acalento de espírito.
Vamos começar do começo: Falando(brevemente) sobre mim. As pessoas que me conhecem devem achar que isso é um martírio pra mim, mas nunca foi! rs Eu tenho quase 17 primaveras vividas, uma mente reciclada, um espírito eufórico. Apesar de ser Campista(de Campos, estado do Rio), torço pra um time paulista e não achei o meu lugar ainda, estou em pleno processo de busca. Possuo inúmeros conflitos internos e externos, e as pessoas que julguem! Não sei se me aceitaria muito bem se não soubesse definir minha personalidade em palavras, se não me conhecesse mais do que qualquer outra pessoa. Não me aceitaria se não conhecesse o discernimento e o caminho da poesia. Não quero que essa pequena introdução se prolongue. Que aqui, eu encontre a sincronia que eu e minha alma precisam, num mundo distante, que estejamos, enfim, sós.