INCOMPLETO

era uma tarde de sábado. a chuva caía tão forte que pulava do peitoril. sem grandes surpresas, já que o clima do cerrado anda bem louco. driblando as gotas, laura saiu, comprou alguns cigarros e apreciou poucos segundos de verde e lama entre uma quadra e outra. esperou o corpo secar e voltou para a cama. era lá que a menina, bem sonhadora e um pouco angustiada, planejava o dia de amanhã: vou arrumar o cabelo, cozinhar alguma coisa, trabalhar um pouco e repetir. se ultrapassasse a marca do dia seguinte, se ia ao desespero. não sabia bem quando poderia se formar, alcançar a tão sonhada independência financeira e tantas outras neuras. se atropelasse uma vírgula no caminho, o resultado era uma bela miscelânea incoerente. esquecia os