segunda-feira, 16 de setembro de 2013

6 da manhã

6 da manhã. Nem mais nem menos. Levanta cedo não por vaidade ou atraso, mas por um simples ritual que gosta de repetir todos os dias. Requenta o café, coloca um bossa nova pra tocar no rádio, toma um banho e bota os óculos. Para ela, é a melhor hora do dia! É a hora que ela pode respirar o ar da alvorada se revigorando na mesma. Procura um livro só pra folhear até dar a hora de sair. Deve ser tão importante pra ela por estar isenta do contato humano, das sujeiras e defeitos da vida. O ar da manhã que é embalado pela bossa que toca no rádio é como se fosse o primeiro choro de uma criança, como se aquilo fosse assim para sempre, sem nada que destrua, estrague, desiluda. Mas antes que ela possa pensar como seriam suas 24 horas de dia, como pode ser autodestrutiva, ela levanta, pega a bolsa e sai.

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