domingo, 15 de setembro de 2013

Vida de nômade

Por muitos anos levei uma vida de nômade. Ainda levo. De um lado para outro, de uma casa para outra como um pêndulo. Por tempos sonhei em ter um lugar que eu possa chamar de meu, sem possessividade, só por questão de paz. Ainda não tenho esse tão sonhado lugar que eu possa chamar de meu, mas aprendi desde cedo a me sentir em casa em qualquer lugar, mesmo não sendo de fato. Hoje, habito um lugar que não é meu, mas que tem um jeito todo meu. Afinal, o mundo não é nosso, mas é a nossa cara! Por que não fazer o mesmo com um espaço de poucos metros onde passo maior parte da minha vida, pensando, planejando a vida, cumprindo maior parte das minhas metas, pecando ou pacificando a alma. Foi isso que fiz e resolvi fotografar esse espaço, que visto sem muitas palavras, diz-se que é meu sem hesitar. A bagunça é praxe. Minha vida nunca foi organizada, por que meu espaço seria? Mas explode a cultura que teima em ecoar por todas as paredes e portas e janelas. 
Dou graças aos céus por levar essa minha vida de nômade, por carregar comigo essa minha luta incansável por um lugar meu. Sei que dessa incessante busca sairá um bom lugar, um bom futuro, uma vida pra chamar de minha. 
Reflexo de minha alma, em poucos metros.

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