sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Memórias de um fim de semana

Um final de semana: Ele, ela e sua melhor amiga. Pela primeira vez os três resolvem viajar juntos. No carro rola todo o tipo de música e os dois do banco da frente não param de cantar e rir de suas performances, enquanto a amiga achava tudo aquilo coisa de maluco. Resolveram parar no meio do caminho, na estrada, só pra ver o sol se pondo, ver as cores do dia se esvaindo e brindando com um beijo. Ao chegar no lugar desejado, em vez de descansarem para o dia seguinte, resolveram explorar o lugar, se curtir ao máximo, não era todo dia que eles podiam passar o fim de semana inteiro juntos. A amiga resolveu ficar em casa e eles resolveram ir à beira-mar ouvir as ondas quebrando violentamente, trazendo uma brisa fria que só os envolvia mais no calor que os dois produziam. Preocupados com a jovem, resolvem voltar. Lembrando que o irmão dele chegaria no dia seguinte e poderia acompanhar a moça número ímpar, se despreocuparam, prepararam a cama dela e foram dormir no chão da varanda, que era muito mais a cara deles do que o sofá de uma sala. Passaram a noite em claro colocando o papo em dia, coisa que os 216km não deixava que ocorresse com certa assiduidade. Ao terminar de colocar o papo em dia, como a professora chata do colegial da menina ou o cara chato da galera do surfe do rapaz, às 5 da manhã resolvem dormir, mas o sol os acorda. Sem se importar com o cansaço que talvez os consumisse em breve, resolvem buscar o irmão dele na rodoviária, o menino era até muito bonito, que se interessou de cara pela amiga dela. Pronto, problema resolvido! Decidem, então, passar o dia fora, sabe-se lá aonde iriam. Seguem estrada, com um revezamento entre Bossa Nova e Pop-Rock, a viagem seguia e passaram uma tarde agradabilíssima juntos. A cada ato, cada gesto de amor, eles tinham a plena certeza de que, por mais que tentassem desfazer os laços, nunca iriam conseguir. Mas sobre esses laços, deixariam para resolver numa outra hora.
Ao voltarem para casa, vivem uma noite de amor inacabável, coisa que, por não ser frequente, era cada vez melhor. Firmava a certeza do amor que um tinha pelo outro, a certeza que a pele que ele tocava era a da mulher da vida dele e a certeza que o calor que ela sentia era o calor que a aqueceria durante o resto de seus dias. Esse episódio se repetiu. O amor se renovou. Eles sempre esperam que esse tipo de memória vire uma espécie de dejavú a cada fim de semana. 

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